Tuesday, September 07, 2010

uma japinha no sambodromo!!! Oque voce acha do carnaval?


e quem diria que um dia a passarela do samba, ia encontrar passinhos orientais ?
eu fui na maior alegria....encontrando pessoas bem familias, mães, avós
pensaram que eu iria desfilar semi nua....e lá se foram os comentarios mais maldosos, da face da terra....
pra quem tem preconceito, parecia que eu ia me perder no meio do pecado da carne, fugindo dos pudores e da conduta familiar que fui criada.

eu fui de cabeça erguida, levei meus amigos...e fui pro samba!
adorei....desfilei na avenida, e ficaram lindas recordações!!

oguenki desu ka!



Ogenki desu ka = Como vai?
Outras palavras e frases importantes:
Arigatô gozaimasu = obrigado(a).
Iie doo itashimashite = por nada, não há de quê ...

Palavras em okinawa/uchinaguchi
é um dialeto usado por moradores da região de okinawa(se voce acha que o idioma é complicado, tente compreender como é para uma criança aprender, o idioma portugues, tendo aprendido o dialeto japones de okinawa e frequentando escola de japones !)você acaba ficando meio perdido, porque dependendo onde você estiver,existe pré-conceito, assim como tambem existe aqui no brasil.


Portugues--------Tudo bem?
Japones----- Oguenki desuka
Uchinaguchi(dialeto okinawa)----Cha ganju yamisemi

Portugues--------Obrigado
arigato
Nihe de biru

Portugues--------Seja bem vindo
Irasshai mase
Mensore

Portugues--------amigo
otomodachi
Dushi

Portugues--------ocupado
issogashi
Ichunasan

Portugues--------irmão
kyodai
Chode

Portugues--------Pai
otosan
Uya

Portugues--------Mãe
okasan
Inagu uya

Portugues--------Filho
Musuko
Ikiganguá
Portugues--------Criança
Kodomo
Warabi
Portugues--------Mulher
Onna
Inagu
Portugues--------Homem
Otoko
Ikiga
Portugues--------Voces
Anata
Ita
Portugues--------Gostoso
Oishi
Massan
Portugues--------Sabor doce
Amai
Amassan
Portugues--------Pessoa bonita
Kirei
Chura kagi
Portugues--------Cabrito
Yagi
Hija
Portugues--------Gato
Neko
Maya
Portugues--------Cachorro
Inu
Inguá

okinawa uma região onde existe a magia da natureza!







se você puder, tente encontrar mais imagens deste local...
meus pais, tinham dentro deles um profundo conhecimento, de culturas , eu digo uma cultura, bem diferente dos brasileiros...
sonhadores, dedicados a familia, respeito pelas origens e profunda fé em Deus no caminho da vida!
meus pais, viveram e se foram com um destino traçado pelos costumes orientais, talvez não tivessem tempo suficiente para adaptar o conhecimento para os mais jovens, e então perdeu se muito nestes ultimos tempos...

o maior segredo "é honrar pai e mãe" , mesmo depois deles terem partido, as nossas origens jamais serão esquecidas, deles ganhamos uma força inexplicável para enfrentar todas as coisas que surgem em nossa vida.

jamais me sentirei sozinha, a cabeça sempre erguida, nos da coragem para ir em frente, por dias melhores em nossa vida!
os japoneses, em tempos atrás, eram muito ingenuos...acreditavam em todos, e muitas vezes eram passados para trás, por não terem dominio do idioma e por não sentirem confiança em ninguém...

Wabi sabi e a arte da imperfeição


(POR ADILIA BELOTTI)

Não sei quanto a você, mas eu ando definitivamente exausta de correr atrás da perfeição. Outro dia me peguei medindo as toalhas de banho dobradas para que elas formassem impecáveis pilhas no meu armário. Uma amiga me diz que arruma os vidros de tempero por ordem alfabética!? E o pediatra solta um comentário bem-humorado sobre mães que se sentem pessoalmente insultadas quando seus filhos ficam gripados. Como se gripe fosse uma espécie de tinta que manchasse a perfeição dos seus pimpolhos...
Nosso índice de tolerância aos "defeitos de fabricação" do universo anda mesmo muito baixo. E isso nos torna a espécie mais “reclamona” do universo --- provavelmente a única, mas é que tenho algumas dúvidas se bois e vacas interiormente não reclamam daquelas moscas sempre em volta dos seus rabos...
Passamos um bocado de tempo tentando caber nas molduras que inventamos para nós. Isso quando escapamos de tentar vestir à força as expectativas que OUTROS criaram para NÓS. Senão, me digam porque seres humanos razoáveis investiriam tanto tempo, dinheiro e energia para tentar recuperar a imagem que tinham aos 18 anos?
Por estas e por outras tantas foi que quando terminei de ler aquele livrinho senti que tinha recebido uma revelação divina!
É só um livreto, mas, ao contrário, desses livros bonitinhos que a gente compra como se fosse um cartão para dizer “Feliz Aniversário” ou “Como eu gosto de você”, não é tão fácil assim de ler. Muito menos de pôr em prática os conselhos da autora. Em português acabou chamando A arte de viver bem com as imperfeições. Uma pena, eu penso. O título em inglês é The Art of Imperfection ou A Arte da Imperfeição. Assim, simplesmente. Teria sido melhor. Porque é disto que Véronique Vienne fala no seu pequeno livro: das formas de perceber a beleza que se esconde nas frestas do mundo perfeito que tentamos, sempre em vão, construir para nós.

Você conhece aquela história de que os tapetes persas sempre tem um pequeno erro, um minúsculo defeito, apenas para lembrar a quem olha de que só Deus é perfeito? Pois é, a Arte da Imperfeição começa quando a gente reconhece e aceita nossa tola condição humana.
Véronique Vienne dividiu seu manual em dez capítulos de títulos muito sugestivos: a arte de cometer erros, a arte de ser tímido, a arte de se parecer consigo mesmo, a arte de não ter nada para vestir, a arte de não ter razão, a arte de ser desorganizado, a arte de ter gosto, não bom-gosto, a arte de não saber o que fazer, a arte de ser tolo, a arte de não ser nem rico nem famoso. E encerra o livro com 10 boas razões para ser uma pessoa comum. “ A história está cheia de criaturas incompetentes que foram muitíssimo amadas, desajeitados com personalidades cativantes e gente boba que encanta a todos com seu jeito despretensioso. O segredo? Aceitar nossas falhas com a mesma graça e humildade com que aceitamos nossas melhores qualidades”, ela diz. E propõe: “Perdoe a si mesmo. (...) Você não precisa ser perfeito para ser um ser humano bem-sucedido. De fato, com mais freqüência do que imaginamos, o desejo de acertar impede as coisas de melhorarem e a necessidade de estar no controle aumenta a desordem e o caos”.
A Arte da Imperfeição, no entanto, não se limita ao reconhecimento das imperfeições humanas. Também tem a ver com nosso jeito de olhar para as coisas mais banais, mais corriqueiras e enxergá-las com outros e mais benevolentes olhos. Leonard Koren, um designer americano, publicou alguns livros tentando revelar para o nosso jeito ocidental as delicadezas do olhar wabi sabi.
Wabi sabi é a expressão que os japoneses inventaram para definir a beleza que mora nas coisas imperfeitas e incompletas. O termo é quase que intraduzível. Na verdade, wabi sabi é um jeito de “ver” as coisas através de uma ótica de simplicidade, naturalidade e aceitação da realidade.
Contam que o conceito surgiu por volta do século 15. Um jovem chamado Sen no Rikyu (1522-1591) queria aprender os complicados rituais da Cerimônia do Chá. E foi procurar o grande mestre Takeno Joo. Para testar o rapaz, o mestre mandou que ele varresse o jardim. Rikyu lançou-se ao trabalho feliz. Limpou o jardim até que não restasse nem uma folhinha fora do lugar. Ao terminar, examinou cuidadosamente o que tinha feito: o jardim perfeito, impecável, cada centímetro de areia imaculadamente varrido, cada pedra no lugar, todas as plantas caprichadamente ajeitadas. E então, antes de apresentar o resultado ao mestre Rikyu chacoalhou o tronco de uma cerejeira e fez caírem algumas flores que se espalharam displicentes pelo chão. Mestre Joo, impressionado, admitiu o jovem no seu mosteiro. Rikyu virou um grande Mestre do Chá e desde então é reverenciado como aquele que entendeu a essência do conceito de wabi-sabi: a arte da imperfeição.
O que a historinha de Rikyu tem para nos ensinar é que estes mestres japoneses, com sua sofisticadíssima cultura inspirada nos ensinamentos do taoísmo e do zen budismo, conseguiram perceber que a ação humana sobre o mundo deve ser tão delicada que não impeça a verdadeira natureza das coisas de se revelar. E a natureza das coisas é percorrer seu ciclo de nascimento, deslumbramento e morte. Efêmeras e frágeis. Eles enxergaram a beleza e a elegância que existe em tudo que é tocado pelo carinho do tempo. Um velho bule de chá, musgo cobrindo as pedras do caminho, a toalha amarelada da avó, a cadeira de madeira branqueada de chuva que espreguiça no jardim, uma única rosa solta no vaso, a maçaneta da porta nublada das mãos que deixou entrar e sair.
Wabi sabi é olhar para o mundo com uma certa melancolia de quem sabe que a vida é passageira e, por isso mesmo, bela.
Para os olhos artistas de Leonard Koren wabi sabi é inseparável da sabedoria budista que ensina:

Todas as coisas são impermanentes
Todas as coisas são imperfeitas
Todas as coisas são incompletas

Daí olhar para elas de um modo wabi sabi, é ver:
A beleza que existe naquilo que tem as marcas do tempo (a velha cadeira de balanço com sua pintura já gasta tomando o solzinho que entra pela janela é wabi sabi)
A beleza do que é humilde e simples (em vez de sofisticado e cheio de ornamentos inúteis)
A beleza de tudo que não é convencional (quer algo mais wabi sabi do que servir à luz de velas e em toalhas de renda um simples hamburguer?)
A beleza dos materiais que ainda guardam em si a natureza (wabi sabi é definitivamente papel, algodão, velhos e nobres tecidos, nada de plástico)
A beleza da mudança das estações (que tal experimentar descobrir os primeiros verdes fresquinhos e brilhantes que anunciam a primavera?)
A Arte da Imperfeição é ver a vida com a tranquilidade de quem sabe que a busca da perfeição exaure nossas forças e corrói nossas pequenas alegrias. Porque, como disse Thomas Moore, “a perfeição pertence a um mundo imaginário”. No nosso mundo de verdade, aqui e agora, que tal abrir os olhos para o estilo wabi sabi?